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Importantes barreiras contra o vírus, as máscaras são de uso individual e não devem ser compartilhadas

 

A máscara facial de proteção respiratória é uma aliada no combate ao novo coronavírus. Sendo uma medida essencial de prevenção para a não transmissão de doenças respiratórias, como a Covid-19, ainda existem algumas dúvidas acerca dos diversos tipos de máscaras e quando utilizá-las em cada cenário específico. 

 

 

Para entender mais sobre o assunto, confira logo abaixo as principais informações sobre o tema, reunidas pela Coordenação de Atenção e Vigilância em Saúde (CoAVS). Vale ressaltar que todas as informações foram retiradas do portal oficial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

 

Tipos mais comuns de máscaras faciais de proteção

 

Máscara de tecido ou máscara de uso não profissional (15% a 75% de proteção, com média de 40%): Talvez a mais conhecida atualmente, essa máscara é confeccionada por materiais não médicos, como tecidos, algodão e tricoline, por exemplo. Utilizada para cobrir o nariz e a boca, esse tipo não conta com um ‘‘componente filtrante’’, apesar de atuar como uma barreira física, reduzindo a propagação do vírus. 

 

A sua utilização é uma importante medida de saúde pública que as pessoas devem adotar no combate à Covid-19. Em caso de dúvida sobre o modo correto de higienização ou confecção, acesse o guia de Orientações Gerais - Máscaras Faciais de Uso Não Oficial, elaborado pela Anvisa.

 

Máscara de tecido

 

Máscara cirúrgica (89% de proteção): Esse tipo de máscara é produzida em indústrias com materiais específicos que retém gotículas e filtram microrganismos por meio de uma manta filtrante, devendo ser testada segundo a norma ABNT NBR 15052.

Máscara cirúrgica 

 

Máscara ou respirador NN95 (95% de proteção): Comumente fabricados na China, esse equipamento pode contar com amarrações que se encaixam atrás das orelhas ou alças atrás da cabeça. Segundo oCDC, é difícil dizer se o produto atende aos requisitos certos apenas olhando para elas. Pelo menos 60% das máscaras KN95 avaliadas pelo NIOSH (Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional) não atenderam aos requisitos que afirmam atender.



Máscara ou respirador KN95

 

Máscara ou respirador PFF2/N95 (98% de proteção): Também produzidas em indústrias, essa máscara possui várias camadas e minimizam os espaços por onde o ar poderia passar. A sigla PFF quer dizer “peça facial filtrante” e é produzida no Brasil de acordo com norma técnica da ABNT. Por vez, os respiradores N95 seguem a norma americana. 

 

Responsáveis por vedar adequadamente o rosto, as máscaras em questão são as mais indicadas para profissionais e autoridades em saúde que trabalham ou não em contato com aerossóis que contêm vírus, bactérias e fungos porque, além de proteger o usuário, seguram o vírus disperso no ar. 



Máscara ou respirador PFF2/N95



Quando utilizar cada máscara

 

Máscara de tecido ou máscara de uso não profissional: Esse tipo de máscara deve ser usado por toda a população dentro de casa com pessoas que não vivem na mesma casa. Além disso, é recomendado que a utilize ao frequentar ambientes abertos ou fechados, como transportes públicos, supermercados e shoppings. Ela deve ser usada por um período de no máximo de 3 horas. 

 

Máscara cirúrgica: Esse tipo de máscara deve ser usado por toda a população dentro de casa com pessoas que não vivem na mesma casa. Além disso, é recomendado que a utilize ao frequentar ambientes abertos ou fechados, como transportes públicos, supermercados e shoppings.

 

A máscara em questão também pode ser utilizada por pacientes suspeitos e confirmados com quadros gripais, seus acompanhantes, trabalhadores que atuam na limpeza de áreas de isolamento e profissionais de saúde e de apoio que dão assistência médica. 

 

Máscara ou respirador KN95: Preferíveis que sejam usadas em situações, como as que requerem contato próximo prolongado com pessoas que não vivem na mesma casa e que o indivíduo possui um risco aumentado de doenças graves. Também é indicado utilizar em transportes públicos e trabalhos que exigem interação com um grande número de público.

 

Máscara ou respirador PFF2/N95: A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a máscara ou respirador N95 deve ser usada por profissionais de saúde ao fornecer cuidados a pacientes com COVID-19. Além disso, caso o equipamento esteja amplamente disponível e os custos não forem um problema, ele pode ser usado em ambientes não-médicos pela população principalmente em momentos de altos níveis de transmissão de covid. 

 

Vale ressaltar que é possível encontrar alguns respiradores PFF1 que, apesar de não serem adequados para uso por parte dos profissionais de saúde, podem ser úteis para a população em geral, uma vez que limitam a propagação de gotículas.

 

Contraindicações

 

Máscara de Tricô: Oferece pouca proteção contra a contaminação do novo coronavírus. O espaço entre as fibras faz com que a máscara de tricô não forneça a segurança necessária para a diminuição do contágio.

 

Máscara de Tule: Possui o tecido muito fino e transparente de modo que facilita a disseminação do vírus.

 

Máscara de Paetê: Não oferece a proteção mínima essencial para barrar a propagação do coronavírus.

 

Máscara embutida na gola da blusa: É mal posicionada, não possui a vedação adequada e o tecido não é seguro.

 

Lenço ou Bandana: Não possui a proteção adequada e é considerada uma opção inútil, sendo equivalente a andar sem máscara.

 

Máscara PFF2 com válvula: Máscaras que possuem válvulas não são recomendadas para combater a Covid-19 porque só protegem o usuário. As válvulas permitem que o ar expirado saia e infecte outras pessoas.

 

Afinal, por que é importante utilizar máscara? 

 

Comprovado cientificamente, o uso de máscara tem o efeito de proteger inúmeros indivíduos a desenvolverem quadros infecciosos potencialmente fatais, além de evitar a transmissão da Covid-19. No entanto, é preciso entender que o uso apenas da máscara não é suficiente. 

 

O uso de máscara não reduz ou substitui a necessidade das medidas de higiene preconizadas e a manutenção do distanciamento de mais de 1 (um) metro entre as pessoas. 

 

Sobre a CoAVS

A Coordenação de Atenção em Saúde (CoAVS) pertence à Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (DASU) e integra, assim, o Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) da Universidade de Brasília (UnB). O objetivo da unidade é promover ações de vigilância, coordenação e inteligência para riscos à saúde de forma oportuna nos diferentes campi da universidade.

 

Referências

Covid-19: tudo sobre máscaras faciais de proteção. gov.br. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2020/covid-19-tudo-sobre-mascaras-faciais-de-protecao>. Acesso em 19 de maio de 2021. 

Tipos de Máscaras. cdc.gov. Disponível em: <https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/prevent-getting-sick/types-of-masks.html>. Acesso em 26 de maio de 2021. 

 

Eficiência de filtragem de um grande conjunto de máscaras faciais COVID-19 comumente utilizadas no Brasil. Revista Aerosol Science & Technology. Disponível em: <https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/02786826.2021.1915466>. Acesso em 26 de maio de 2021.

 

Uso de máscara no contexto de COVID-19. who.int. Disponível em: <https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/337199/WHO-2019-nCov-IPC_Masks-2020.5-eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 26 de maio de 2021.

Melhore o ajuste e filtragem da sua máscara para reduzir a propagação do COVID-19. cdc.gov. Disponível em: <https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/prevent-getting-sick/mask-fit-and-filtration.html#choosing-a-mask>. Acesso em: 26 de maio de 2021.